O home office era um sonho que, ao longo da quarentena, se tornou um pesadelo. Por não termos mais limites de tempo, toda hora é hora de trabalhar e a sensação é de que todos os dias são eternas segundas-feira.
Nossas pesquisas mostram que, mesmo quando a quarentena acabar, apenas 23% da classe A gostaria de continuar no modelo home office. A classe A tem 9% menos problemas do que a classe C, em relação a qualidade da internet para trabalhar em casa, o que é um fator determinante.
Devemos lembrar que o acesso a internet de qualidade não é igualmente distribuída. Portanto, até para trabalhar o dia todo dentro de casa, exige certas acomodações.
Além disso, cuidar da casa e da família, sabendo que o expediente do cômodo ao lado nunca tem fim, também é um fator que não agrega ao home office. Para quem já trabalha há anos ou para quem começou uma carreira, é um desafio constante. Trabalhar de pijama era uma ideia utópica, que deveria ter permanecido assim. E este é apenas o começo do novo normal do trabalho.