O surto do papel higiênico. Com certeza você se lembra quando o alerta do corona foi dado e a primeira preocupação das pessoa foi armazenar itens de higiene. Hoje, isso não faz tanto sentido, já que nenhum rolo salvou ninguém.
O medo de não ter o que comprar nos mercados era maior do que as mortes, porque quando começou aqui no Brasil, estávamos acompanhando a situação dos mercados vazios da Itália. Houve até racionamento do item na Austrália.
A gente sempre se pergunta o porquê das pessoas correrem e estocarem tudo. Não foi só por conta da Covid-19.Para a psicologia, as pessoas sentem necessidade de se agarrar em algo que possa dar a sensação de se manter a salvo. Ou que dê a sensação de que está tudo sob controle. No caso, estocando comida, entre outros itens. É a teoria do "viés de risco zero", que leva a pessoa a eliminar totalmente um risco pequeno e mais superficial em vez de fazer algo mais substancial para reduzir um risco maior.
Sem contar a história do FOMO (Fear Of Missing Out), o medo de perder alguma coisa, de ficar de fora. O que antes ficava só no campo tecnológico, virou o medo do que acontecerá se eu não tiver o que os outros têm.
Esse tipo de comportamento é semelhante àqueles que obversamos durante pandemias anteriores, como a gripe espanhola de 1918, que deixou quase 700.000 mortos nos Estados Unidos e atingiu as farmácias e lojas quando os cidadãos em estado de pânico compraram e estocaram o que puderam.
Naquela época, uma teoria conspiratória sugeria que o vírus era uma arma biológica alemã. Hoje se diz que o novo coronavírus foi uma arma chinesa ou americana, dependendo de quem faça a acusação.
Parece que os pedidos de consumo consciente surgiu efeito e já não falta muita coisa nas prateleiras dos mercados no Brasil. Mas esta é a reação que um pandemia causa nas pessoas. O corona já mudou o nosso comportamento antes mesmo de se espalhar.